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Sonangol Quer Liderar Desenvolvimento Descarbonizado de Petróleo e Gás

Sebastião Gaspar Martins, CEO da Sonangol, enfatizou que o petróleo e gás continuam a ser o foco principal da petrolífera nacional, durante uma entrevista ao vivo na Angola Oil & Gas 2024

Estamos a analisar oportunidades no sector do gás e identificámos o parceiro certo para desenvolver o gás não associado

LUANDA, Angola, 3 de outubro de 2024/APO Group/ --

A petrolífera nacional de Angola, Sonangol, reiterou o seu compromisso em impulsionar o desenvolvimento sustentável de hidrocarbonetos durante a conferência Angola Oil & Gas (AOG) desta semana. Falando numa sessão “Em Conversa com…”, o CEO da Sonangol, Sebastião Gaspar Martins, afirmou que a empresa não abandonará o petróleo e gás, mas avançará no desenvolvimento descarbonizado desses recursos.

Ao investir na produção de petróleo e gás upstream, enquanto dá prioridade a projectos de baixo carbono, a Sonangol pretende aumentar a produção nacional de crude, ao mesmo tempo que diversifica e descarboniza a indústria. A empresa está a concentrar os seus esforços no desenvolvimento de gás não associado, bem como em fontes de energia alternativas, como a solar.

"Estamos a analisar oportunidades no sector do gás e identificámos o parceiro certo para desenvolver o gás não associado. O gás produzido pela Angola LNG será utilizado para a produção de fertilizantes, e estamos a avaliar a utilização de gás no sul do país, ligando o gás às indústrias siderúrgicas. Também temos um projecto de carbono azul, ligado à redução de carbono através da plantação de mangais. Temos uma área em Luanda e identificámos quatro áreas adicionais para este fim", garantiu Gaspar Martins.

A Sonangol passou por uma transformação nos últimos anos: após a criação da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG) em 2019, a Sonangol transferiu o seu papel de concessionária e reguladora nacional. Esta transformação teve como objectivo tornar a Sonangol mais competitiva e fortalecer a sua capacidade como operadora upstream. Simultaneamente, o governo está a privatizar parcialmente a petrolífera nacional, com a privatização prevista para estar concluída em 2026. Este processo aumentará a capacidade financeira, permitindo à Sonangol avançar com novos projectos upstream.

"A transformação da Sonangol começou há vários anos, quando passámos o papel de regulador e concessionária para a ANPG. Na altura, transferimos quase 600 funcionários para a ANPG. Depois disso, a Sonangol passou por um programa de reestruturação, no qual criámos cinco unidades de negócios principais a partir de 36 entidades diferentes – começando pela exploração e produção. Queremos abrir capital, mas queremos fazê-lo correctamente. Por isso, estamos actualmente a passar por todos os processos para o fazer", sustentou Gaspar Martins.

Distribuído pelo Grupo APO para Energy Capital & Power.