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O Painel Mulheres na Energia da AOG 2021 Coloca as Mulheres na Vanguarda do Desenvolvimento de África

Tendo a inclusão e a igualdade como principal preocupação, o seminário acerca de mulheres na indústria do petróleo e gás destacou o papel atual e futuro das mulheres no desenvolvimento energético de África

Diversidade e inclusão é ter mulheres e homens a trabalharem juntos, com a mesma determinação, para atingir o mesmo objetivo

LUANDA, Angola, 10 de setembro 2021/APO Group/ --

Constituindo o setor energético um dos setores mais desiguais a nível global, e continuando a participação feminina a ser consideravelmente baixa, a Angola Oil & Gas (AOG) 2021 destacou soluções para aumentar a inclusão e garantir que as mulheres estejam ativamente envolvidas na transformação energética de África num painel de discussão acerca das Mulheres na Energia. Além de se terem identificado as raízes do problema no que diz respeito à educação e às barreiras à entrada, foi identificada também a necessidade de se apoiar e de se criar oportunidades para as mulheres dedicadas ao estudo da Ciência, Tecnologia, Engenharia e da Matemática.

Entre os participantes no painel encontravam-se: Nina Birgitte Koch, Diretora-Geral da Equinor Angola; Lame Verre, Head of Strategy/Responsável pelas Soluções para Clientes de Energia da SSE plc no Reino Unido; Ayotola Jagun, Compliance Officer e Secretário da Empresa da Oando PLC na Nigéria; e Sandra Almeida, Gerente Jurídica da TotalEnergies EP Angola. Enfatizando a cultura no local de trabalho, as raízes do problema no que diz respeito ao fosso entre géneros e o valor da inclusão, o seminário contribuiu para uma abordagem integrada que permita aumentar a participação.

“É uma abordagem em duas frentes: em primeiro lugar, a menos que se ataque o problema pela raiz, com mais mulheres capazes de estudar Engenharia e mais apoios no estudo das disciplinas STEM, não haverá inclusão. Em segundo lugar, precisamos de práticas favoráveis no local de trabalho. Continuam a existir normas sociais nocivas, viéses e preconceitos na indústria de petróleo e gás, e é lamentável que ainda estejamos a falar acerca de desigualdade em 2021”, afirmou Ayotola Jagun.

Ayotola Jagun pediu que as mulheres se erguessem e quebrassem essa barreira invisível e que se apoiassem umas às outras a ascender na hierarquia até aos cargos de gerência sénior e executiva.

Enquanto isso, o valor de uma cultura de trabalho acolhedora e de uma inclusão reforçada foi enfatizado. Com o crescimento setorial e a transição energética a exigirem maior inovação, é fundamental uma abordagem colaborativa para a tomada de decisões, bem como para o funcionamento e desenvolvimento.

Sandra Almeida discutiu a diferença entre inclusão e integração, sublinhando que a diversidade celebra as diferenças culturais e possibilita um ambiente de respeito, ao passo que a integração constituiu uma forma de apropriação em que se espera que uma identidade de grupo se conforme de alguma forma a outra.

“O que queremos é o conceito de inclusão. Na TotalEnergies, acreditamos no valor de todos e de diferentes perspectivas e soluções. Diversidade e inclusão é ter mulheres e homens a trabalharem juntos, com a mesma determinação, para atingir o mesmo objetivo”, afirmou.

“As empresas estão a dar um grande passo quando aderem a um compromisso de longo prazo com a inclusão. Contudo, não se trata de escolher alguém pelo seu género, trata-se de competência, de escolher conscientemente e de garantir a diversidade. Precisamos de uma abordagem cooperativa na indústria energética. É extremamente interessante trabalhar neste setor, com muitas possibilidades para as mulheres”, afirmou Nina Birgitte.

As mulheres têm um papel decisivo a desempenhar no avanço da indústria do petróleo e gás em África. Ao promover uma maior inclusão em todos os níveis e em toda a cadeia de valor da energia, o desenvolvimento de África pode não só ser garantido, mas também acelerado. Ao abordar estas questões relativas à inclusão, desigualdade e às barreiras à entrada, África pode realizar os seus objetivos de desenvolvimento.

“As mulheres devem estar na vanguarda do desenvolvimento económico e trazer as questões femininas para o topo da agenda política é parte da solução para impulsionar o crescimento económico. Se resolvermos as questões de género, resolveremos as questões de desenvolvimento”, disse Lame Verre.

Distribuído pelo Grupo APO para Energy Capital & Power.